Foi publicado na
revista Neurology um estudo controlado
randomizado relacionando os benefícios da cafeína em pacientes com doença de
Parkinson. A pesquisa foi realizada com 61 pacientes que apresentavam a
patologia, onde foram divididos no grupo controle que receberam o placebo e no
grupo que recebeu 100 mg de cafeína duas vezes ao dia, três vezes por semana e
posteriormente, 200 mg duas vezes ao dia, também 3 vezes por semana.
A sonolência diurna (sintoma comum em
pacientes com Parkinson), qualidade do sono noturno, lentidão dos movimentos,
rigidez muscular, tremores, perda de equilíbrio, depressão e qualidade de vida
foram avaliados antes e após o tratamento.
Trinta pacientes foram randomizados
para utilizar a cafeína e 31 para utilização do placebo. Os pesquisadores não
observaram melhora significativa na sonolência diurna, mas identificaram
melhora nos sintomas motores do Parkinson (melhoria de cinco pontos na
classificação do Parkinson em Escala Unificada para a Doença) sobre aqueles que
receberam o placebo. Isso aconteceu devido à melhora da circulação sanguínea e
redução da rigidez muscular desses pacientes. Pesquisas já demonstram que o
consumo de café diminui os riscos do desenvolvimento da patologia.
Segundo Postuma e seus colaboradores, a
cafeína pode ser uma opção de tratamento para a doença de Parkinson, sendo útil
como suplemento, auxiliando na diminuição da dose medicamentosa dos pacientes,
mas ainda são necessários mais estudos para conclusão da terapêutica.
http://www.neurology.org/content/79/7/651.short?sid=cfca3614-6b05-45c7-b73e-4665376973ee
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