A doença de Parkinson (DP) atinge o
sistema nervoso central, onde ocorre a perda de neurônios, de forma lenta e
progressiva, cuja causa é desconhecida.
A doença de Parkinson é debilitante e
requer cuidados nutricionais específicos, devido aos sintomas presentes e a
interação das drogas com os nutrientes.
Com a dificuldade de mastigação e
deglutição, náuseas e vômitos, depressão, entre outros, pode ocorrer perda
involuntária de peso, o que agrava mais a doença e prejudica o
tratamento.
Portanto, intervenção nutricional é
importante para melhoria da qualidade de vida, pois essa dá suporte para o
paciente realizar o tratamento de forma adequada e também ter uma qualidade de
vida melhor.
ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS NA
DOENÇA DE PARKINSON
·
Apresentar a refeição de modo a estimular os sentidos do paciente, ou
seja, variar nas cores, formas de preparo;
·
Evitar uso indiscriminado de laxantes devido à constipação, dar
preferência ao uso de fibras (procurar um nutricionista para lhe
orientar);
·
Praticar exercícios físicos de acordo com as limitações de cada paciente
orientados por especialistas (fisioterapia ou educador físico);
·
Realizar a alimentação em lugares calmos, e incentivar mastigação dos
alimentos;
·
Não inibir o reflexo da defecação;
·
O paciente deve tomar banhos de sol, diariamente, para ativar a vitamina
D que é importante para a absorção do cálcio, observando sempre o horário, até
as 10:00 da manhã e depois das 16:00 da tarde.
·
Fazer higiene oral adequada e verificar estado das próteses dentárias
(caso o paciente faça uso desses);
·
Visitar o dentista para revisão das próteses que podem estar mal
adaptadas, machucando a boca;
·
Ingerir alimentos gelados e frutas e sucos cítricos para aliviar a
secura na boca;
·
Diminuir o consumo de alimentos muito secos como farinhas;
·
Caso o paciente apresente problemas de deglutição, deve-se oferecer
dieta líquida ou pastosa, caso seja necessário, oferecer a refeição com o uso
de canudinho;
·
Quando o paciente apresentar dificuldades motoras com a mão, braços e
problemas posturais é necessário adequação do ambiente para sua alimentação,
ele deve estar com os pés apoiados ao chão, próximo à mesa, e essa com uma
altura adequada. A adaptação de talheres e pratos com proteção, copos plásticos
com alça evitam acidentes.
·
Manter horários regulares para as refeições e comer junto com o
paciente;
·
Fracionar a refeição de 5 a 6 porções.
·
O paciente com a doença de Parkinson pode apresentar náuseas e vômitos
decorrentes ao uso de fármacos (levodopa, agonistas dopaminérgicos, inibidores
da enzima COMT = catecol-metil-transferase), para evitar esses sintomas ele
deve evitar tomar essas drogas com o estômago vazio - consumi-las com frutas ou
bolachas, não ingerir grandes quantidades de líquidos logo após as
refeições.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
http://www.envelhecimentoesaude.com.br/uploaded/arquivo_pdf_1165323874_vol12n4artigo03.pdf
ICC- Instituto de Ciências Cognitivas. DOENÇA DE PARKINSON
FERNANDEZ, L L; FORNARI, L. H. T.; BARBOSA, M. V.; SCHRODER, N. Ferro e neurodegeneração. Scientia Medica,
Porto Alegre, v. 17, n. 4, p. 218-224, out./dez. 2007.
MURA, Joana D’ Arc Pereira; MURA, Sandra M. Chemin S. da. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietética- São Paulo: ROCA,
2007
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