A
doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central,
crónica e progressiva. Estima-se que, em Portugal, afete cerca de 13 mil
pessoas. Com este artigo, mostramos-lhe a importância da alimentação na doença.
Caracterizada
pela degeneração do sistema nervoso central, a doença de Parkinson afeta
sobretudo o sistema motor.
Sem causa
conhecida, esta doença não tem cura. De difícil tratamento, progressiva e
lenta, ela afeta a qualidade de vida de quem dela padece.
Sendo
considerada como o segundo distúrbio neurológico mais comum na terceira idade,
apresenta sintomas como tremores, rigidez, acinesia ou bradicinesia e
alterações posturais.
Dificuldade
de locomoção ou dificuldade em se alimentar são as principais barreiras do
doente, que resultam na perda de peso ou má nutrição, prejudicando o seu estado
de saúde.
Devido
aos diversos sintomas da doença, o paciente torna-se dependente, necessitando
de cuidados e atenção dos familiares ou outros cuidadores.
Para que
todos possam contribuir para a melhoria do seu estado de saúde, é essencial
estarem elucidados a respeito de várias questões, sendo a alimentação um aspeto
fundamental.
Na
realidade, uma alimentação correta pode aumentar o bem-estar do doente e
prevenir ou evitar outras complicações resultantes da doença.
Um regime
alimentar adequado, para além de fornecer mais energia, pode ajudar a que a
medicação tenha uma ação mais efetiva ou eficiente, contribuindo para uma
melhor qualidade de vida.
De fato,
os fármacos utilizados no tratamento da doença prejudicam, de várias formas, a
ingestão de alimentos e, como consequência, o estado nutricional do doente,
podendo contribuir para o aumento da mortalidade.
A droga
mais utilizada é a levodopa. Perda de apetite, náuseas, vômitos, perda de
olfato e boca seca são os efeitos colaterais desta medicação, que interferem
diretamente com a ingestão de alimentos.
Quando se
utiliza este fármaco, aconselha-se o máximo de cuidado com alimentação, na
medida em que, por exemplo, a ingestão de grandes quantidades de proteína reduz
a eficiência do medicamento.
Deste
modo, o aporte de proteínas deve ser adequado a cada caso.
Se, por
um lado, quando é ingerida uma grande quantidade de proteína se perde o
controle sobre os sintomas, por outro, um baixo consumo de proteína pode
provocar o aumento dos movimentos involuntários do doente.
A
redistribuição ou redução da quantidade diária de proteína, que resulta assim
em maior eficiência do medicamento, pode promover melhorias na mobilidade dos
pacientes que apresentam flutuações motoras.
Também a
ingestão de alimentos ricos em vitamina B6 deve ser controlada. Quando
administrada sozinha, a levodopa é transformada em dopamina antes de atingir o
cérebro. A vitamina B6 acelera esta transformação. Deste modo, os alimentos
ricos neste nutriente – como é o caso dos cereais – devem ser evitados pelos
doentes que tomam levodopa como medicação única.
A prisão
de ventre é outra queixa que o doente com Parkinson apresenta. Embora não se
saiba se esta condição deriva da doença ou se é agravada pela reação a algum
medicamento, recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em fibra – legumes e
frutas – e a ingestão de, pelo menos, dois litros de água (ou outros líquidos)
por dia.
Hidratos
de carbono são ainda essenciais ao combate à perda de peso, e os suplementos
hipercalóricos devem ser consumidos sempre que a ingestão de alimentos não for
suficiente para a manutenção do peso ideal, devido ao aumento do gasto
energético provocado pelos movimentos involuntários e os efeitos colaterais da
medicação.
De acordo
com vários estudos, a vitamina E, C e o
selénio ajudam a reduzir a progressão da doença, sendo a sua ingestão, por
isso, também aconselhada pelos especialistas.
Fone:
atlasdasaude
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