A alimentação também é regulada por leis. Leis essas, que se fossem devidamente cumpridas não haveria excesso de peso, obesidade e muitas doenças relacionadas com os maus hábitos alimentares. É de recordar que a alimentação é também um importante fator de risco que leva à obesidade, diabetes, hipertensão arterial e doenças cardiovasculares.
As leis da alimentação, também conhecidas como as leis de Escudero, foram criadas pelo médico argentino Pedro Escudero em 1940, sendo ainda aceitáveis nos dias de hoje. Segundo ele, as quatro leis que devem regular a alimentação do Homem são: Quantidade, Qualidade, Harmonia e Adequação. Comer de forma equilibrada conforme as leis da Alimentação é uma forma de cuidar da saúde.
Leis de Escudero
Lei da Quantidade: A quantidade dos alimentos deve ser suficiente para satisfazer as necessidades energéticas do organismo e manter em equilíbrio o seu balanço. O bom senso é fundamental para não haver excessos nem restrições na alimentação, pois podem prejudicar o organismo.Estas necessidades dependem do sexo, da atividade física e da idade. Quando se consomem mais calorias do que se gastam o corpo armazena em forma de gordura, produzindo-se assim a obesidade e os problemas a ela associados. Por outro lado, quando a ingestão de calorias é muito baixa, dá-se a má nutrição.Cada indivíduo necessita de quantidades específicas para manter suas funções orgânicas e atividades diárias.
Lei da Qualidade: Os alimentos devem fornecer ao organismo todos os nutrientes essenciais para o seu correto funcionamento. Os nutrientes são essenciais para o crescimento e manutenção de um corpo saudável ao longo da vida. O regime alimentar deve ser completo em sua composição para oferecer ao organismo que é uma unidade indivisível todas as substâncias que o integram. A variedade de alimentos fornece todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do seu corpo. Quanto mais coloridas forem as suas refeições, mais diversidade de nutrientes você estará ingerindo
Lei da Harmonia ou do Equilíbrio: Os alimentos devem guardar entre si uma relação de proporção de modo a evitar o excesso ou deficiências de nutrientes. O equilíbrio na combinação dos nutrientes é de suma importância para evitar a doença. A quantidade dos diversos nutrientes que integram a alimentação deve guardar uma relação de proporção entre si. O nosso organismo aproveita corretamente os nutrientes quando estes se encontram em proporções adequadas. Assim, é importante haver um equilíbrio entre eles, pois as substâncias não agem isoladamente, mas em conjunto. Por exemplo: a relação entre a ingestão de carboidratos, proteínas e gorduras.
Lei da Adequação: A alimentação deve ser adequada a cada pessoa, repeitando as características de cada indivíduo, tendo em conta, os hábitos alimentares, a atividade física, a idade, o estado de saúde, o nível econômico etc. Por exemplo: as necessidades de uma grávida são diferentes das de uma pessoa idosa e, esta por sua vez, tem necessidades diferentes das de um desportista. A finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação ao organismo. O estado fisiológico (gestação, lactação), hábitos alimentares (deficiência de nutrientes), condições sócio-econômicas (acesso aos alimentos), alterações patológicas (presença de doenças) e os ciclos da vida (crianças, adolescentes, adultos e idosos) fazem com que o organismo tenha necessidades nutricionais diferenciadas, dependendo da situação em que ela se encontra.
Alimentar-se é uma necessidade básica do Homem, imprescindível para viver. Os alimentos, quando bem escolhidos e combinados, são necessários para a manutenção da vida e da saúde, porém nem sempre o Homem come por esta única razão. Nos últimos tempos, o Boom dos alimentos refinados e calóricos fez com que a alimentação caracterize-se mais por excessos que deficiências.
A qualidade e quantidade dos alimentos que ingere cada pessoa repercute-se na sua saúde, e por conseguinte na sua qualidade de vida. Cada pessoa, é portanto, o resultado da sua nutrição, pelo que uma dieta saudável é a base de uma boa saúde.
Portanto, a alimentação deve ser quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, além de harmoniosa em seus componentes e adequada à sua finalidade e a quem se destina.
O nutricionista é o profissional apto a aplicar estas leis em sua vida, respeitando a sua realidade.
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