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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

MITOS E VERDADES SOBRE A ESTEATOSE HEPÁTICA

São diversos os questionamentos que rondam a esteatose. Alguns têm fundamento e outros são equivocado se, por um lado, podem fazer com que o problema seja encarado como banal, por outro pode apavorar com o diagnóstico e o prognóstico. Para sanar todas as dúvidas, o hepatologista Edison Roberto Parise, presidente da SBH, e a nutricionista Natália Cunha Baraldi, da Unesp Botucatu, explicam os conceitos que são corretos, os que são equivocados e os que têm sua parcialidade de verdade ou mito.



Quem tem insuficiência hepática não pode comer nenhum alimento gorduroso.

Verdadeiro. A gordura dos alimentos se acumula no fígado e afeta o seu funcionamento. Por isso, frituras e alimentos gordurosos, como manteiga, margarina, queijos amarelos, creme de leite e bolachas recheadas devem ser evitados.
A esteatose é, na maioria das vezes, uma doença silenciosa.
Verdadeiro. É possível ter até 75% do fígado comprometido sem que haja manifestação clínica significativa e de forma que ele continue realizando suas atividades de eliminar toxinas.
Além de ter conhecimento da existência da esteatose, é preciso saber qual é o grau da doença.
Verdadeiro. É importante saber o grau da esteatose para definir como será o tratamento e para isso é possível contar com exames como ultrassom, tomografia, ressonância magnética, elastometria e biópsia, geralmente, classificando-a em leve, moderada e grave.
A gravidade da doença poderá ser avaliada de várias maneiras.
Os exames de imagem são úteis na identificação das formas avançadas, como a cirrose adiantada da doença, já os estágios intermediários podem ser avaliados diretamente pela biópsiado fígado ou indiretamente pela associação de métodos bioquímicos à elastometria do fígado.
Não há como prevenir as doenças do fígado.
Falso. Além de evitar a ingesta de bebidas alcoólicas, ter hábitos de vida saudáveis que incluam a prática de exercícios e uma alimentação balanceada, não compartilhar uso de materiais perfurocortantes, como seringas, lâminas de barbear e alicates para fazer unha, uso de preservativo na relação sexual, não fazer uso indiscriminado de medicações sem prévia orientação médica e não se vacinar contra as hepatites são medidas que previnem uma boa parte das doenças do fígado.
Problemas como a esteatose e a cirrose podem ser revertidos com soluções caseiras.
Parcialmente verdadeiro. Chás, como de boldo ou verde, favorecem a digestão e a limpeza do fígado, porém de nada adianta consumi-los sem deixar de lado os alimentos que fazem mal e a bebida alcoólica.
Esteatose
Foto: Shutterstock 
O açúcar também é um vilão para o fígado.
Verdadeiro. Açúcares e carboidratos refinados em geral, principalmente a frutose, entram no fígado para fazer o seu estoque de glicogênio, que são reservas disponíveis para serem utilizadas em diferentes momentos em que o nosso organismo precisa. Mas como o estoque é limitado, o excesso desse carboidrato ou açúcar vira gordura. A frutose, quando consumida na forma de fruta, não faz mal, mas quando ingerida na forma industrializada, a absorção é mais intensa e vai direto para fígado, podendo virar colesterol ou gordura, contribuindo para o desenvolvimento da esteatose.
O consumo de medicamentos não afeta o fígado.
Falso. Alguns remédios, como antifúngicos, anti-inflamatórios e o conhecido paracetamol são alguns exemplos dos que podem causar intoxicação e lesão hepática, uma vez que suas substâncias, geralmente, se acumulam na glândula. Tanto o exagero na quantidade, como não respeitar os intervalos necessários entre as doses podem trazer consequências para o órgão.
Medicamentos específicos para a esteatose podem reverter facilmente o problema.
Falso. Não existem remédios para tratar exatamente a esteatose. São descobertos os fatores que causaram o problema e cada um é tratado ou combatido com medicações e mudanças de hábitos e de alimentação.
Quem tem esteatose inevitavelmente terá cirrose.
Falso. Apenas os casos mais severos e não tratados de forma correta é que podem acontecer a evolução da esteatose para a esteato-hepatite, que é uma inflamação nas células do fígado, e, dela, cerca de 20% dos casos têm possibilidade de progredir para cirrose que, por sua vez, pode levar ao desenvolvimento de câncer de fígado.
Crianças e adolescentes também podem ter gordura no fígado.
Verdadeiro. Desordem metabólica e hepatites também podem fazer com que crianças e jovens sejam diagnosticadas com esteatose. Há ainda o peso do fator genético a ser considerado.

Fonte: revista saúde

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Esteatose Hepática

A esteatose hepática ou fígado gordo, como é conhecido popularmente, é o acúmulo excessivo de gordura no fígado que leva à inflamação das células do fígado que podem levar ao surgimento de sintomas como dor abdominal, pele amarelada e vômitos, por exemplo.
Geralmente, as causas da esteatose hepática estão relacionadas com a ingestão exagerada de bebidas alcoólicas, no entanto, a doença também pode ser causada pelo colesterol alto, excesso de peso ou diabetes tipo 2, dando origem à esteatose hepática não-alcoólica.
A esteatose hepática pode ser dividida em 3 tipos, de acordo com o seu grau de desenvolvimento:
  • Esteatose hepática grau 1 ou leve: surge quando o fígado tem cerca de 10% de gordura e o indivíduo não apresenta sintomas;
  • Esteatose hepática grau 2 ou moderada: o fígado apresenta mais de 10% de gordura, podendo surgir alguns sintomas, como dor abdominal ou diarreia;
  • Esteatose hepática grau 3 ou acentuada: o fígado tem uma grande quantidade de gordura que dificulta o seu funcionamento, causando pele amarelada e cansaço excessivo, por exemplo.
A esteatose hepática tem cura, desde que o paciente elimine a sua causa e tenha um estilo de vida saudável, fazendo uma alimentação equilibrada e exercício físico regular. Procure um nutricionista para adequar a sua alimentação.

Sintomas de esteatose hepática

Os sintomas de esteatose hepática, normalmente, surgem nos casos mais avançados da doença e incluem:
  • Dor abdominal constante do lado direito;
  • Cansaço excessivo;
  • Enjoos, vômitos ou diarreia;
  • Pele e olhos amarelados.
Os sintomas de esteatose hepática são raros e, por isso, muitos indivíduos não sabem que sofrem de fígado gordo. Assim, o diagnóstico é muitas vezes feito pelo clínico geral após um exame de sangue ou palpação do abdômen.
Porém, quando o indivíduo apresenta sintomas que possam indicar esteatose hepática, deve consultar um hepatologista para fazer um ultrassom, diagnosticar a doença e iniciar o tratamento adequado.

Tratamento para esteatose hepática

O tratamento para esteatose hepática deve ser feito por um nutricionista, uma vez que é necessário que o paciente mantenha o seu peso controlado através da prática regular de exercício físico e fazendo uma alimentação pobre em alimentos muito gordurosos, doces e bebidas alcoólicas.
Além disso, pacientes com diabetes tipo 2 devem manter os níveis de açúcar no sangue controlados com o uso de insulina e adoção de uma dieta equilibrada.
Quando o tratamento não é feito de forma adequada, a esteatose hepática pode evoluir para cirrose, principalmente quando associada a outros problemas de saúde, como hepatite, colestase ou doenças autoimunes.
Fonte: Tua saúde