Deise Dantas Barcellos - Personal Diet - RJ

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Personal Diet - Rio de Janeiro - RJ

domingo, 15 de outubro de 2017

Dieta na retocolite ulcerativa


Talvez você esteja se perguntando se certas comidas causaram a retocolite ulcerativa. A resposta é não. Entretanto, assim que a doença já está desenvolvida, os sintomas podem diminuir se você ficar atento a sua dieta, substituir nutrientes perdidos e conseguir promover a cicatrização de lesões. Não há uma dieta ou plano alimentar único que beneficie a todos que sofrem de RCU. 
As recomendações dietéticas devem ser formuladas especificamente para você, dependendo da parte do intestino afetada e dos seus sintomas. A retocolite ulcerativa varia de pessoa a pessoa e há mudanças na mesma pessoa com o passar do tempo. O que foi bom para o seu amigo com RCU não necessariamente será para você. O que funcionou para você no ano passado pode não funcionar agora. Em alguns momentos talvez seja vantajoso modificar a sua dieta, particularmente durante uma crise. 

O seu nutricionista poderá recomendar algumas dietas para diferentes momentos, incluindo: 

  1. Dieta baixa em sódio: usada durante terapia com corticosteroides para reduzir a retenção de líquido. 
  2. Dieta baixa em fibra: usada para evitar o estímulo ao movimento intestinal na retocolite ulcerativa. 
  3. Dieta baixa em gorduras: tipicamente recomendada durante uma crise quando a absorção pode ser um problema. 
  4. Dieta isenta de produtos lácteos: para quem tem intolerância a lactose.
     
  5. Dieta alta em calorias: para os que sofrem de perda de peso ou um atraso no crescimento.
 Alguns pacientes com DII podem ter deficiência de certas vitaminas e minerais (incluindo a vitamina B-12, ácido fólico, vitamina C, ferro, cálcio, zinco e magnésio) ou dificuldade para ingerir alimentos em quantidade suficiente para suprir as necessidades calóricas. 

É necessário identificar e corrigir estas deficiências com suplementos vitamínicos e nutricionais. Manter um diário dos alimentos que você consome pode ser de grande ajuda. Permite ver a conexão entre o que você come e os sintomas que podem surgir. Se certos alimentos causam problemas digestivos, é melhor evitá-los. Mesmo quando alguns alimentos específicos não pioram a inflamação subjacente da retocolite ulcerativa, certos alimentos tendem a piorar os sintomas.

Veja, a seguir, algumas sugestões úteis:

  1. Reduza as quantidades de comida gordurosa ou frituras na sua dieta, pois podem produzir diarreia e gases. 
  2. Coma porções menores e com mais frequência. 
  3. Limite o consumo de leite ou produtos lácteos se você tem intolerância à lactose.
  4. Evite as bebidas com gás se é propenso a padecer de flatulência. 
  5. Limite a cafeína quando tiver diarreia forte, pois a cafeína pode agir como laxante. 
  6. Os alimentos suaves podem ser mais bem tolerados do que aqueles picantes ou muito condimentados. Limite o consumo de certos alimentos que contenham muita fibra, como as nozes, as sementes, o milho e a pipoca. Como eles não são digeridos completamente pelo intestino delgado, podem causar diarreia. Por isso, frequentemente se sugere uma dieta baixa em fibra ou compostos com baixo teor de fibra. 

A retocolite ulcerativa pode ser controlada com boa nutrição. Esta, por sua vez, é essencial em qualquer doença crônica, especialmente na RCU. A dor estomacal e a febre podem causar perda de apetite e de peso. A diarreia e o sangramento retal podem roubar os fluídos, minerais e eletrólitos do corpo. São nutrientes que devem permanecer equilibrados para que o corpo funcione adequadamente. Isso não quer dizer que você deva comer certos alimentos e evitar outros. Recomenda-se uma dieta equilibrada para evitar a deficiência nutricional. 

Uma dieta saudável deve conter grande variedade de alimentos de todos os grupos alimentares. A carne, o peixe, o frango e os produtos lácteos (se os tolera) são fontes de proteína; pão, cereais, frutas, verduras e legumes constituem fonte de carboidratos; a margarina e os óleos são fonte de gordura. Um suplemento dietético como um complexo multivitamínico pode ser útil para o seu caso.

Fonte:http://abcd.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Folheto-Viver-com-Retocolite-Ulcerativa.pdf

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Outubro Rosa! Vamos aderir à Campanha contra o Câncer de Mama!


O que é Câncer de mama?

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. Esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).    

É possível evitar o câncer a partir da alimentação? 
Resposta:  Verdade


As escolhas alimentares são muito importantes. Enquanto alguns alimentos podem ajudar a proteger o corpo contra a doença, outros podem aumentar o risco de desenvolver câncer

Para evitar o câncer de mama consuma:
1)  Alho, cebola, cebolinha e alho poró

2)  Frutas, legumes e verduras, principalmente os de vermelhos, amarelos e alaranjados, como cenoura, abóbora, mamão, morango, mirtilo, amora, damasco.

3) Brócolis, couve-flor, repolho, couve de Bruxelas,

4) Tofu


5) Salmão, atum, sardinha




 óleos vegetais (de linhaça, de macadâmia, de gergelim)


quinta-feira, 13 de julho de 2017

Manejo nutricional durante o tratamento na radioterapia e quimioterapia




Efeitos colaterais
Dicas para controlar os sintomas:
Náuseas e vômitos
O que você deve fazer:
  • Prefira alimentos gelados ou em temperatura ambiente.
  • Faça pequenas refeições em menor intervalo de tempo.
  • Coma devagar e mastigue bem os alimentos.
  • Beba sucos ou chupe gelo ou picolé de frutas cítricas, como limão (se não estiver com feridas na boca) nos intervalos das refeições.
  • Realize suas refeições em lugares bem arejados.
O que você deve evitar:

  • Frituras e alimentos gordurosos.
  • Doces concentrados, como compotas, goiabada, marmelada.
  • Condimentos fortes (pimenta, catchup, mostarda, molho inglês, por exemplo).
  • Deitar-se após as refeições.
  • Ficar próximo à cozinha durante o preparo das refeições.
Diarreia
O que você deve fazer:
  • Consuma líquidos em abundância: chás, sucos coados e principalmente água.
  • Procure ingerir alimentos como batatas, chuchu, cenoura cozida, aipim, inhame, cará, creme de arroz, arroz, macarrão com molho caseiro coado, farinhas, torradas, biscoito água e sal ou de maisena, carnes grelhadas (frango, peixe ou boi).
  • Prefira sucos de frutas coados: limonada, caju, maçã e laranja sem açúcar.
  • Prefira leite de soja.
  • Consuma as frutas: banana-maçã, maçã e pêra sem casca, goiaba sem casca e semente, caju.
  • Consuma apenas o caldo de leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão de bico).

O que você deve evitar:
  • Leite e derivados.
  • Alimentos gordurosos (manteiga, toucinho, banha, creme de leite, por exemplo).
  • Frutas cruas em geral.
  • Frutas e sementes oleaginosas (abacate, coco, nozes, amêndoas, amendoim, castanhas).
  • Condimentos picantes (páprica, pimenta, mostarda, catchup, por exemplo).
  • Conservas em geral (picles, azeitona, palmito, aspargos, milho e ervilha).
  • Embutidos (salsicha, lingüiça, presunto, salame, mortadela, por exemplo).
  • Leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão de bico).
  • Hortaliças cruas: legumes e verduras folhosas.
  • Alimentos de causam flatulência (gases), como couve-flor, brócolis, repolho e ovo.
Intestino preso (constipação)
O que você deve fazer:
  • Consuma líquidos em abundância (chás, sucos diluídos e principalmente água).
  • Prefira frutas laxativas: ameixa, laranja, mamão, abacate, ameixa seca, manga, banana nanica.
  • Consuma as frutas com casca e bagaço, quando possível.
  • Consuma preferencialmente hortaliças cruas (legumes e verduras).
  • Consuma farelo de cereais (arroz, aveia ou trigo).
  • Consuma produtos integrais (arroz, pães e torradas).
  • Consuma leguminosas regularmente (ervilha, feijão, grão de bico, lentilha, soja, por exemplo).
  • Consuma leite e derivados: iogurte, leite fermentado, mingau de aveia.

O que você deve evitar:
  • Alimentos constipantes, como ricota fresca, queijo branco, sagu, tapioca, maisena, arrozinha, banana prata, banana maçã, pêra, goiaba e maçã sem casca e sem sementes, caju.
Boca seca (xerostomia)
O que você deve fazer:
  • Prepare as refeições com caldos ou molhos.
  • Se não houver feridas na boca, chupe balas azedas e/ou ácidas, picolés ou gelo e mastigue chicletes (de preferência sabor menta), que podem ajudar a produzir mais saliva.
  • Consumir líquidos em abundância: chás, sucos diluídos e, principalmente, água.

O que você deve evitar:
  • Comer alimentos secos.
Feridas na boca (mucosite)
O que você deve fazer:
  • Consuma alimentos macios e pastosos.
  • Prefira alimentos gelados ou à temperatura ambiente.
  • Se necessário, utilize alimentos líquidos ou liquidificados.

O que você deve evitar:
  • Alimentos ácidos, picantes ou muito salgados.
  • Alimentos muito quentes.
Dor para engolir (odinofagia)
O que você deve fazer:
  • Preparar sua refeição na consistência que for mais bem tolerada, que ofereça menor dificuldade para mastigar ou engolir, podendo variar entre branda, pastosa ou líquida (conforme avaliação da fonoaudióloga).
  • Tomar pequenos goles de água ou suco durante as refeições podem ajudar a engolir.
  • Faça as refeições em pequenas quantidades, várias vezes ao dia.

Ausência ou alteração de paladar
O que você deve fazer:

  • Enxágue a boca com água pura antes das refeições ou faça bochechos com chá de camomila antes das refeições.
  • Experimente balas azedas e/ou ácidas ou gotas de limão (30 gotas em 1 copo de 200ml) ou gelatina de limão (caso não apresente feridas na boca).
  • Use temperos naturais em maior quantidade, como: manjericão, orégano, salsinha, hortelã, alecrim, coentro, por exemplo.
  • Substitua os talheres de metal pelos de plástico, caso sinta sabor residual metálico.
  • Mantenha boa higiene bucal.

O que você deve evitar:
  • Consumir alimentos muito quentes ou muito gelados.

Radioiodoterapia;
É o tratamento que utiliza iodo radioativo (Iodo-131) para o controle dos carcinomas diferenciados da glândula tireóide.
O objetivo é combater às células cancerígenas que ainda restaram na tireóide após a cirurgia (tireoidectomia) ou metástases, sendo destruídas através da radiação emitida pelo iodo.
Os pacientes recebem orientação para realização de uma dieta pobre em iodo, no período que antecede a internação, através do nutricionista ambulatorial. Evitam o consumo de Sal iodado, sal marinho e alimentos salgados, pois são fontes de iodo.

Clique neste link para obter a apostila: http://www.inca.gov.br/inca/Arquivos/manuais/guianutricaoo.pdf

Alimentação na Idade Avançada



O corpo humano, como qualquer outra máquina, vai-se tornando menos eficiente com o passar dos anos.  Mas idade avançada não precisa ser sinônimo de problemas de saúde.  Com a mudança de alguns hábitos alimentares, é possível compensar as mudanças que vão ocorrendo naturalmente com a idade, o que favorece a boa forma e a saúde.

Alterações do metabolismo 

Com a idade, as pessoas costumam engordar.  O nível de metabolismo basal do organismo (energia usada pelo organismo para manter as funções vitais do corpo), aos 75 anos, é inferior àquele registrado por volta dos 25 anos.  Isto é, a queima de energia no corpo em repouso diminui.  Verifique seu peso sempre.  Se estiver ganhando ou perdendo peso sem razão aparente, consulte um médico.
Para não ganhar peso, é preciso reduzir a ingestão diária de calorias ou, melhor ainda, aumentar o nível de atividade física para queimar as calorias em excesso.  Muitas pessoas não diminuem a ingestão de calorias mesmo quando, aposentadas reduzem sensivelmente suas atividades físicas.  A obesidade é um problema comum nessas fase.

Deficiência de Nutrientes 


A dieta alimentar de algumas pessoas idosas é pouco variada e não é balanceada.  Diante da dificuldade de fazer compras com frequência, muitos preferem estocar alimentos industrializados e enlatados em vez de comprar comidas frescas.  A falta de motivação e impedimentos físicos, como a artrite, são outras razões que levam as pessoas a preferir alimentos industrializados.
Embora a falta de dinheiro seja muitas vezes usada como desculpa, uma dieta balanceada, com grandes quantidades de alimentos industrializados.  O problema, em geral, é de ordem prática:  quem irá comprar e preparar as refeições para aquelas pessoas que não podem ou não querem fazê-lo?

Como melhorar a dieta

A importância de uma dieta balanceada e variada aumenta conforme os anos vão passando.  Evite ingerir alimentos industrializados, com adição de gordura ou açúcar.  Frutas, verduras, legumes, arroz e pão de trigo são fortes de fibras, vitaminas e sais minerais.  Por isso, ajudam a prevenir a prisão de ventre.  A ingestão de líquidos regularmente também ajuda a manter o bom funcionamento intestinal. 

Dicas para uma dieta mais saudável 


Hábitos alimentares saudáveis podem ser adotados em qualquer idade, mas são especialmente importantes na idade avançada, para evitar deficiências de vitaminas ou desnutrição generalizada, que aumentam o risco de doenças.  Uma dieta saudável deve incluir frutas e verduras frescas, pães, cereais e massas integrais, uma pequena quantidade de proteína e de gordura.

·         Coma muitas frutas frescas e hortaliças cruas ou ligeiramente cozidas, conforme a dentição.
·         Prefira alimentos que contenham amido, como pão, arroz e batatas.
·         Evite alimentos industrializados, pois contêm muita gordura e açúcar.
·         Prefira laticínios magros:  fontes de vitaminas e sais minerais que contêm menos gorduras saturadas.
·         Coma peixe e frango, alimentos ricos em proteínas e com baixo teor de gorduras saturadas.
·         Evite frituras.  Use óleos vegetais em lugar de gordura animal.
·         Beba 2 litros de água por dia para evitar a prisão de ventre.
·         Caminhe todos os dias.

Obs:  A variedade é o tempero da vida.


Deficiências de nutrientes comuns em idosos


Deficiências de nutrientes podem provocar anemia e outras doenças.  A deficiência de cálcio, problema comum que leva à osteoporose, não pode ser corrigida na idade avançada com ingestão de alimentos ricos em cálcio.  O risco de osteoporose depende da dieta alimentar seguida até a idade adulta.

Nutriente:  Vitamina C
Causa:  poucas frutas e verduras frescas
Como corrigir:  coma uma quantidade maior de frutas frescas e verduras

Nutriente:  Vitamina D
Causa:  falta de sol por ficar confinado em casa
Como corrigir:  coma peixes, ovos, margarina e leite

Nutriente:  Ferro
Causa:  absorção prejudicada pelo envelhecimento do sistema digestivo.  Anemia.
Como corrigir:  coma fígado, carne, peixe, cereais integrais, verduras com folhas verdes e legumes.

Nutriente:  Tiamina (B1)
Causa:  maior necessidade com a idade
Como corrigir:  prefira cereais integrais, pão integral, arroz integral, fígado, peixe, feijão, leguminosas, nozes e similares.





CUIDADOS COM A ALIMENTAÇÃO DO IDOSO DEPENDENTE


Nos dias atuais, é crescente a preocupação com relação à alimentação, sendo este fato explicado pela estreita relação entre alimentação adequada, bem estar e saúde. Em todas as fases da vida, a alimentação equilibrada influencia na qualidade de vida, não sendo diferente durante o período de envelhecimento.
O processo de envelhecimento constitui um processo gradual, que ocorre no decorrer de muitos anos. As pessoas podem chegar aos 60, 70 anos ainda ativas, mas podem também ser acometidas por doenças crônicas como problemas cardiovasculares, diabetes, artrite e relacionadas às funções cerebrais como o Alzheimer. Em todas as situações, alimentação equilibrada deve ser um grande aliado na qualidade de vida.
As mudanças que ocorrem ao longo dos anos no organismo humano, levam as alterações nas necessidades nutricionais. À medida que as pessoas envelhecem, passam a requerer menos energia (calorias) dos alimentos para manter o mesmo peso, simplesmente porque elas não são tão ativas quanto às pessoas mais jovens. Entretanto, suas necessidades de micronutrientes como vitaminas e minerais, permanecem a mesma e, em alguns casos, ela é maior. È o caso, por exemplo, do cálcio, importante para manter ossos tão fortes quanto possíveis, e o ácido fólico para reter a acuidade mental e reduzir as incidências de derrames e doenças cardíacas.
Além dos micronutrientes, os adultos mais velhos, precisam ingerir água, pois neles ocorrem maiores riscos de constipação e desidratação. Uma tarefa nem sempre fácil, pois nessa fase da vida a maioria das pessoas, perde gradualmente, a sensação de sede e, conseqüentemente, tendem a não beber tanto líquido quanto precisam. Algumas pessoas idosas tendem a restringir sua ingestão de líquidos porque sofrem de incontinência urinária.

Outro cuidado que merece atenção especial é com relação à ingestão adequada de fibras, porque a maioria das pessoas mais idosas apresentam problemas com o funcionamento do intestino, em especial quando acamados, sendo importante incluir boas fontes de fibras como feijões, verduras e produtos integrais.
Apesar do envelhecimento ser um processo natural, o mesmo submete o organismo a diversas alterações, entre elas a sensibilidade por gostos primários doce, amargo, ácido e salgado. Parece haver um decréscimo na detecção e identificação do sabor atribuído ao alimento, e isso faz com que o idoso procure concentrar mais o sabor dos alimentos, é comum usar mais açúcar ou sal nos alimentos.
Alguns idosos apresentam perda gradual da memória, da capacidade de comunicar e, da capacidade física, podendo tornar-se incapaz de cuidar da própria alimentação, na maioria das vezes essas mudanças ocorrem quando se instala um quadro de demência, como a doença de Alzheimer. A princípio o idoso pode começar a comer compulsivamente ou recusar a comer, podendo ignorar ou até mesmo brincar com a comida em vez de comer. À medida que a doença evolui, o ato de alimentar torna-se cada vez mais difícil, pela própria confusão mental, chegando ao ponto em que o idoso passa ter dificuldades de mastigação e deglutição dos alimentos sólidos, o que pode provocar engasgos, tosse, e até risco de broncoaspiração. Nesses idosos é comum ocorrer perda de peso, podendo levar a um quadro de desnutrição.

É fato que à medida que as pessoas envelhecem, tornam-se mais vulneráveis do ponto de vista nutricional e cabe a todos nós encararmos essas mudanças como uma tarefa que necessita de muito carinho. Segue, abaixo, algumas dicas para auxiliar no planejamento das refeições do idoso:
  • O idoso pode estar numa fase em que apresenta dificuldade de perceber os sabores, sendo necessário deixar os alimentos com sabor intenso, sendo aconselhável introduzir ervas como a hortelã, comilho, manjericão e caprichar no uso da cebola e do alho. Nos alimentos doces, use cravo, canela e até um pouco de adoçante para realçar o sabor dos alimentos.
  • Ofereça líquido como água de coco, sucos naturais e outros, principalmente quando o idoso estiver bebendo pouca água.
  • Inclua alimentos naturais como frutas, legumes e verduras e caso o idoso esteja com dificuldade de engolir faça na forma de cremes e purês como coquetel de frutas, purê de abobrinha e outros.
  • Inclua iogurte, queijos magros, mingau e coquetéis preparados com leite para aumentar a oferta de boas fontes de cálcio.
  • Se o idoso apresentar dificuldades em comer verduras, inclua as mesmas nas sopas e sucos como o suco de couve com limão, outra opção é preparar receitas diferentes do nosso dia a dia, como um delicioso nhoque de espinafre, pão de abóbora, pastel de baroa, com certeza toda a família irá ser beneficiada com receitas mais nutritivas.
  • Prepare alimentos atraentes, respeitando sempre a preferência de quem irá consumir, uma simples sopa pode ficar atraente se capricharmos na variedade de legumes e no tempero.
  • Coloque os alimentos em recipientes bonitos e coloridos, o paciente, principalmente portador de Alzeimher na fase inicial, fica mais atraído pelo alimento quando ele é servido em recipientes com cores fortes.
  • Ofereça o alimento com tom de voz suave, transmitindo tranqüilidade, isso ajudará o idoso a ficar menos agitado.
  • Fiquem atentos às alterações na quantidade e qualidades dos alimentos, e caso perceba que a refeição do idoso está monótona, reduzindo na quantidade, ou o idoso apresenta alguma dificuldade em engolir, procure ajuda de um profissional.
Concluindo, o planejamento da refeição do idoso é uma tarefa que exige carinho e atenção, para que o mesmo receba alimentos variados e equilibrados e possa ter uma qualidade de vida melhor, e o grande segredo é o amor!


BIBLIOGRAFIA
  1. Maham l, Arlin Mt. Krause; Alimentos, Nutrição e Dietoterápia, 8º edição. São Paulo: Rocca; 1995.
  2. Marucci M.F.N, Avaliação de dietas oferecidas em instituições para idosos, localizada no município de São Paulo. (tese) São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Usp,1995.
  3. Stump, Sylvia Escott. Nutrição relacionada ao diagnóstico e tratamento. 4 ed. São Paulo: /Ed. Manole, 1999, p. 138-139, seção 4.
  4. Rodrigues R.P.A; Marques S; Fabrício SCC. Envelhecimento, Saúde e Doença. Arq. Geront 2000; 4:15-20
  5. Shils E.M et al. Tratado de Nutrição Moderna na Saúde e Doença. 9º ed. São Paulo: Ed. Manole, 2003.
  6. Campos M.T.S; www.portalfarmácia.com.br. Acessado em 28/11/2007.
  7. Silva B.C.V; Miguel AS; Nutrição no Paciente Idoso-Aspectos Gerais.www.medicinageriatrica.com.br.-29/11/2007.


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Intolerâncias e alergias alimentares - Por que tantos casos?

 Falar sobre alergias alimentares está na moda, seja nos noticiários ou nas receitas #semalgo de repente parece que todos se tornaram alérgicos ou intolerantes. Por isso, resolvi esclarecer um pouco mais sobre este assunto.

Pode ser que você esteja se perguntando, porque há tantos casos de alergia atualmente, antigamente isso não existia?

Sim, antigamente isso aparentemente não existia. Um dos motivos da inexistência pode ser a negligência no diagnóstico, pois as alergias tardias tem sintomas muito diversos facilmente confundidos com outras doenças. Mas, as alergias também são consequência do estilo de vida (e estilo de mundo) que temos hoje, e eu acredito ser esta a principal causa de seu aumento.

 A relação com o estilo de vida começa com o aumento da permeabilidade do intestino, também conhecido como intestino permeável ou em inglês Leaky Gut.  Nosso intestino é a primeira proteção do corpo ao mundo externo. É ele quem faz o filtro do que pode ou não entrar. No intestino permeável é como se este filtro fosse rompido, permitindo a entrada de moléculas grandes que antes não seriam capazes de entrar. Com a presença destas moléculas, o corpo dispara uma reação imunológica (como um ataque àquilo que o invadiu), desencadeando um processo inflamatório e assim o princípio para várias doenças e alergias tardias. Atualmente temos mais fatores que disparam este aumento da permeabilidade do que antigamente.

 Mas o que faz com que a intestino se torne permeável?

Há várias causas que geralmente se somam desencadeando o aumento da permeabilidade. As principais delas são: estresse de longo prazo, má digestão ou uso de anti ácidos por longo prazo, uso de antibióticos, infecções, consumo de alimentos altamente alergênicos (sendo os principais laticíneos, glúten, oleaginosas, soja e ovos), toxinas ambientais (agrotóxicos, poluentes do ar, metais pesados), menopausa e gravidez.



Esquema de um intestino permeável: À esquerda a representação de um intestino saudável, à direita a representação de um intestino inflamado e permeável, que leva à má absorção de nutrientes e permite a passagem de macromoléculas para a corrente sanguínea, disparando um processo inflamatório e doenças auto imunes.

Quais os sintomas de uma alergia tardia?
As alergias tardias são aquelas que apresentam sintomas até 72h depois, diferente das alergias imediatas, que manifestam sintomas logo após o contato ou ingestão da substância alergênica, geralmente caracterizados por espirros, trancamento da respiração e vermelhidão.

As reações de alergia tardia são as mais diversas possíveis como enxaqueca, dificuldade de engravidar, depressão, doenças auto imunes, dificuldade de perder ou ganhar peso, inchaço, dentre outros. A dimensão e gravidade da ocorrência de certos sinais e sintomas podem nos dar uma noção se há uma alergia alimentar tardia, através do questionário de Rastreamento Metabólico. Este questionário não é suficiente um diagnóstico, para pode indicar a necessidade de uma pesquisa  mais aprofundada com devido acompanhamento de um nutricionista funcional.

Eu posso deixar de ter alergia à um alimento?
Depende do grau de alergia que você tem a este alimento. Aqueles alimentos em que a reação é alta (detectado por exames alérgicos) recomenda-se a ausência no consumo de pelo menos 2 anos. Para alimentos em que há uma reação menos acentuada, deve-ser evitar o consumo por pelo menos 6 semanas.

Durante este período se faz um tratamento para a recuperação da barreira intestinal (voltar a ter bons filtros) e dessensibilização. Depois disso, os alimentos alergênicos podem eventualmente voltar a fazer parte da dieta, mas nunca na mesma frequência e quantidade que eram consumidos antes. O padrão será uma dieta de rotação, que consiste em variar os alimentos conforma a família botânica à que pertencem. 



Meu filho deixará de ter alergia depois que crescer?
Em alguns casos a criança pode se dessensibilizar, como mencionamos anteriormentes, mas nem sempre o desaparecimento dos sintomas significa o desaparecimento da alergia. O que comumente acontece é a manifestação de outros sintomas, que na verdade tem a mesma origem causal. Por exemplo, na infância a criança tinha alergia ao leite e apresentava diarreia e vômitos. Depois ela deixa de apresentar estes sintomas, mas passa a manifestar otite, rinite, acne, enxaqueca  e assim por diante. Muitas vezes os outros sintomas são negligenciados como consequência de uma manifestação alimentar, mas a relação existe.


O que devo fazer se desconfio de alergia?
Você pode começar fazendo um teste de eliminação dos alimentos que desconfia ter reação e observar a melhora dos sintomas. O indicado é ficar pelo menos 2 semanas sem ingerir o alimento e depois fazer um teste de desafio (ingerir este alimento pelo menos 3x em um único dia) e se observar pelos próximos 3 dias (sem ingerí-lo novamente). Muitas vezes esta análise se torna complexa, pois podemos apresentar reações a mais de um alimento.

Após identificado os alimentos que te causam reações, inicia-se um tratamento de desensibilização que pode durar de 3 mês à 2 anos.


Fonte: nutripririciardi