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domingo, 15 de outubro de 2017

Dieta na retocolite ulcerativa


Talvez você esteja se perguntando se certas comidas causaram a retocolite ulcerativa. A resposta é não. Entretanto, assim que a doença já está desenvolvida, os sintomas podem diminuir se você ficar atento a sua dieta, substituir nutrientes perdidos e conseguir promover a cicatrização de lesões. Não há uma dieta ou plano alimentar único que beneficie a todos que sofrem de RCU. 
As recomendações dietéticas devem ser formuladas especificamente para você, dependendo da parte do intestino afetada e dos seus sintomas. A retocolite ulcerativa varia de pessoa a pessoa e há mudanças na mesma pessoa com o passar do tempo. O que foi bom para o seu amigo com RCU não necessariamente será para você. O que funcionou para você no ano passado pode não funcionar agora. Em alguns momentos talvez seja vantajoso modificar a sua dieta, particularmente durante uma crise. 

O seu nutricionista poderá recomendar algumas dietas para diferentes momentos, incluindo: 

  1. Dieta baixa em sódio: usada durante terapia com corticosteroides para reduzir a retenção de líquido. 
  2. Dieta baixa em fibra: usada para evitar o estímulo ao movimento intestinal na retocolite ulcerativa. 
  3. Dieta baixa em gorduras: tipicamente recomendada durante uma crise quando a absorção pode ser um problema. 
  4. Dieta isenta de produtos lácteos: para quem tem intolerância a lactose.
     
  5. Dieta alta em calorias: para os que sofrem de perda de peso ou um atraso no crescimento.
 Alguns pacientes com DII podem ter deficiência de certas vitaminas e minerais (incluindo a vitamina B-12, ácido fólico, vitamina C, ferro, cálcio, zinco e magnésio) ou dificuldade para ingerir alimentos em quantidade suficiente para suprir as necessidades calóricas. 

É necessário identificar e corrigir estas deficiências com suplementos vitamínicos e nutricionais. Manter um diário dos alimentos que você consome pode ser de grande ajuda. Permite ver a conexão entre o que você come e os sintomas que podem surgir. Se certos alimentos causam problemas digestivos, é melhor evitá-los. Mesmo quando alguns alimentos específicos não pioram a inflamação subjacente da retocolite ulcerativa, certos alimentos tendem a piorar os sintomas.

Veja, a seguir, algumas sugestões úteis:

  1. Reduza as quantidades de comida gordurosa ou frituras na sua dieta, pois podem produzir diarreia e gases. 
  2. Coma porções menores e com mais frequência. 
  3. Limite o consumo de leite ou produtos lácteos se você tem intolerância à lactose.
  4. Evite as bebidas com gás se é propenso a padecer de flatulência. 
  5. Limite a cafeína quando tiver diarreia forte, pois a cafeína pode agir como laxante. 
  6. Os alimentos suaves podem ser mais bem tolerados do que aqueles picantes ou muito condimentados. Limite o consumo de certos alimentos que contenham muita fibra, como as nozes, as sementes, o milho e a pipoca. Como eles não são digeridos completamente pelo intestino delgado, podem causar diarreia. Por isso, frequentemente se sugere uma dieta baixa em fibra ou compostos com baixo teor de fibra. 

A retocolite ulcerativa pode ser controlada com boa nutrição. Esta, por sua vez, é essencial em qualquer doença crônica, especialmente na RCU. A dor estomacal e a febre podem causar perda de apetite e de peso. A diarreia e o sangramento retal podem roubar os fluídos, minerais e eletrólitos do corpo. São nutrientes que devem permanecer equilibrados para que o corpo funcione adequadamente. Isso não quer dizer que você deva comer certos alimentos e evitar outros. Recomenda-se uma dieta equilibrada para evitar a deficiência nutricional. 

Uma dieta saudável deve conter grande variedade de alimentos de todos os grupos alimentares. A carne, o peixe, o frango e os produtos lácteos (se os tolera) são fontes de proteína; pão, cereais, frutas, verduras e legumes constituem fonte de carboidratos; a margarina e os óleos são fonte de gordura. Um suplemento dietético como um complexo multivitamínico pode ser útil para o seu caso.

Fonte:http://abcd.org.br/wp-content/uploads/2015/09/Folheto-Viver-com-Retocolite-Ulcerativa.pdf

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