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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Depressão e alimentação


        O termo depressão foi inicialmente usado em inglês para descrever o desânimo em 1660, e entrou para o uso comum em meados do século XIX.  E hoje, a depressão tem sido empregada para designar tanto um estado afetivo normal (a tristeza), quanto um sintoma, uma síndrome e uma (ou várias) doença(s).


         Os sentimentos de tristeza constitui-se  na resposta humana universal às situações de perda, derrota, desapontamento e outras adversidades.
         Enquanto sintoma, a depressão pode surgir nos mais variados quadros clínicos, entre os quais: transtorno de estresse pós-traumático, demência, esquizofrenia, alcoolismo, doenças clínicas, etc. Pode ainda ocorrer como resposta a situações estressantes, ou a circunstâncias sociais e econômicas adversas.

        Enquanto síndrome, a depressão inclui não apenas alterações do humor (tristeza, irritabilidade, falta da capacidade de sentir prazer, apatia), mas também uma gama de outros aspectos, incluindo alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas (sono, apetite).
Finalmente, enquanto doença,
        A Classificação Internacional das Doenças, da Organização Mundial da Saúde, em sua décima revisão, a CID-10 classifica a depressão em: 

  • F32 - Episódio depressivo (usado para episódio depressivo único). O episódio depressivo pode ser, quanto à intensidade, classificado como: leve, moderado ou grave. Os episódios leves e moderados podem ser classificados de acordo com a presença ou ausência de sintomas somáticos. Os episódios depressivos graves são subdivididos de acordo com a presença ou ausência de sintomas psicóticos.


        Os sintomas que o paciente pode apresentar é rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da autoestima e da autoconfiança e frequentemente ideias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves.


        O número e a gravidade dos sintomas são determinados em três graus de depressão e são classificados em leve, que apresenta 2 ou 3 sintomas, em moderado, em que apresenta 4 ou mais sintomas, com alguma limitação das atividades de rotina, e em grave, no qual o paciente apresenta vários sintomas que são marcantes e angustiantes.
As opções de tratamento variam entre biológicos, psicoterapia e tratamentos psicossociais.         Para a depressão leve ou moderada, o prognóstico é bom, se tratado adequadamente com antidepressivos e psicoterapia, com remissão dos sintomas entre 2 a 6 semanas. A eventual incapacidade laborativa está condicionada ao ajustamento da dose, à atividade exercida e a melhora dos sintomas.
          Já para a depressão grave com ou sem sintomas psicóticos, é necessária maior atenção por parte do perito, pois estas graduações requerem maior atenção. Pelos riscos inerentes. Um indivíduo que apresenta um quadro depressivo grave, com tratamento médico bem-sucedido, pode recuperar a sua saúde em até seis meses.
        Existem tratamentos naturais para depressão com ervas medicinais, vitaminas e fitoterápicos, a erva de São-João é muito utilizada para o tratamento, pois em seu fitoquímico possui a hipericina, pode ter monoamina-oxidase que auxilia a depressão.
      A nutrição tem um especial papel preventivo, possibilitando meios e vias de alimentação e reduzindo os efeitos adversos provocados pela depressão. Auxilia no controle de sintomas, mantém hidratação satisfatória, preserva o peso e a composição corporal. A nutrição oral, sempre que possível, deve ser iniciada com alimentos correntes e/ou com suplementos hiperproteicos/hipercalóricos, no sentido de minimizar o risco de desnutrição.

Dicas de nutrição:

Preferir:

  • Alimentos ricos em triptofano (precursor serotonina): leite, banana, tâmara; chocolate 76%;
  • Vitaminas do complexo B;
  •  Alimentos ricos em cálcio: leite, queijo, brócolis, couve-flor, ovos, couve (o estresse emocional reduz os níveis de cálcio);
  • Alimentos fonte de ômega-3, possuem ação anti-inflamatória
  •  Alimentos fonte de ácido fólico: espinafre, abóbora, aveia (sua deficiência é comum em aproximadamente em 40% dos adultos deprimidos);
  • Alimentos fonte de biotina: soja, carne bovina magra (patinho, coxão mole/duro, alcatra), farinha de trigo integral e farelo de arroz;
  • Atividade física frequente

Evitar:
       Uso de drogas inibidoras da MAO (monoamino-oxidase),
     Alimentos ricos em tiramina: queijos curados, cerveja, vinho tinto, molhos comerciais, embutidos, pimenta, molho soja, peixe defumado ou em conserva;
    Bebidas estimulantes principalmente à noite: café, mate, Coca-Cola®, chá preto, guaraná em pó, termogênicos.

REFERÊNCIAS
SOARES, G.B.; CAPONI, S. Depression in focus: a study of the media discourse in the process of medicalization of life. Interface - Comunic., Saude, Educ., v.15, n.37, p.437-46, abr./jun. 2011.
Gomes, Ana Maria Sá & Ribeiro, Olivério (2014). A Influência do Estado Nutricional na Depressão em Doentes em Cuidados Paliativos. Millenium, 46 (janeiro/junho). Pp. 137165
Conceito e diagnóstico. Del Porto, José Roberto, Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 1999, vol.21, suppl.1, pp.06-11. ISSN 1809-452X.  http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44461999000500003.
Junior, Amaury José (2011), Questões em perícias médicas nos casos de depressão, disponível em: http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=116


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