A psoríase é uma doença conhecida desde a Era Cristã, mas apenas no início do século XIX foi caracterizada e diferenciada de outras dermatites pelo médico inglês Robert Willan.
Caracterizada como uma doença inflamatória crônica, não contagiosa, auto-imune, de etiologia multifatorial e com forte base genética, a psoríase afeta unhas, mucosas, pele e articulações. Apresenta uma hiperproliferação e diferenciação anormal de queratinócitos localizados na epiderme com aparecimento de lesões róseas ou avermelhadas, recobertas com escamas esbranquiçadas e secas que alternam em períodos agudos com fases de melhora e recidiva. Além disso, a lesão ocasionada na pele pode levar a produção de citocinas inflamatórias como interferon-γ (IFN- γ), interleucina-1, -6 e -8 (IL-1, IL-6 e IL-8) e fator de crescimento tumoral alfa (TNF-α).
Tem um forte fator genético, onde a chance de um filho desenvolvê-la é de 30% quando um dos pais apresenta a doença e de 60% se ambos possuem psoríase, mas os fatores ambientais são determinantes em sua expressão, sendo a alimentação um fator desencadeador ou protetor.
Existe uma correlação entre psoríase e doença celíaca. Ambas as doenças envolvem citocinas Th1, produzidas a partir da ativação da cascata inflamatória e trabalhos já descritos na literatura demonstram que indivíduos com psoríase apresentam maior prevalência de anticorpos associados à doença celíaca.
Deste modo, uma dieta livre de glúten pode favorecer o tratamento e participar da sua prevenção.
Chocolate, café, mate, chá preto, alimentos defumados, pimenta, carne vermelha, bebida alcoólica e glutamato monossódico também devem ser evitados, pois estão relacionados com a piora do quadro.
Uma dieta com baixa densidade calórica e o controle de peso podem promover melhorias no prognóstico da psoríase e na qualidade de vida de seus portadores. O controle energético da dieta e a redução de peso em indivíduos com psoríase e sobrepeso ou obesidade podem reduzir o Psoriasis Area and Severity Index (PASI), um índice utilizado para expressar a severidade da psoríase, alem de serem considerados fatores de prevenção e tratamento da patologia, devido à melhora dos parâmetros inflamatórios como IL-6 e TNF-α. Uma alimentação com um baixo índice glicêmico também está relacionada à melhora de doenças de base inflamatória.
Existe uma correlação entre psoríase e doença celíaca. Ambas as doenças envolvem citocinas Th1, produzidas a partir da ativação da cascata inflamatória e trabalhos já descritos na literatura demonstram que indivíduos com psoríase apresentam maior prevalência de anticorpos associados à doença celíaca.
Deste modo, uma dieta livre de glúten pode favorecer o tratamento e participar da sua prevenção.
Chocolate, café, mate, chá preto, alimentos defumados, pimenta, carne vermelha, bebida alcoólica e glutamato monossódico também devem ser evitados, pois estão relacionados com a piora do quadro.
Uma dieta com baixa densidade calórica e o controle de peso podem promover melhorias no prognóstico da psoríase e na qualidade de vida de seus portadores. O controle energético da dieta e a redução de peso em indivíduos com psoríase e sobrepeso ou obesidade podem reduzir o Psoriasis Area and Severity Index (PASI), um índice utilizado para expressar a severidade da psoríase, alem de serem considerados fatores de prevenção e tratamento da patologia, devido à melhora dos parâmetros inflamatórios como IL-6 e TNF-α. Uma alimentação com um baixo índice glicêmico também está relacionada à melhora de doenças de base inflamatória.
Alimentação para psoríase
Durante o tratamento da psoríase é também importante mudar alguns hábitos alimentares, tanto para evitar o surgimento das lesões quanto para ajudar no tratamento das já existentes. Alguns alimentos podem piorar a condição, enquanto outros podem levar a uma melhora, portanto, estar atento a estes detalhes é fundamental.
Pessoas com psoríase devem evitar a ingestão de carnes vermelhas, dando preferência às brancas.
Peixes de água doce também podem ajudar pois são ricos em ômega-3, excelente para o controle de inflamações. Portanto, preparar receitas com salmão, anchova, atum e truta pode ser uma boa ideia, assim como com verduras verdes e linhaça, também boas fontes de ômega-3.
Frutas ricas em vitamina C e A também podem ajudar, tais como o melão, a laranja e o mirtilo, por exemplo.
Por fim, é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas e de cafeína, assim como de massas e de doces.
A inclusão de ácidos graxos poli-insaturados, principalmente os ácidos graxos da classe w-3, pode ser um dos nutrientes aliados no tratamento e prevenção da psoríase, pois compete com o ácido araquidônico na cascata inflamatória, reduzindo a conversão de prostaglandinas da série 2 e leucotrienos da série B4, ambos com grande potencial inflamatório. Este aumento do consumo de ômega-3 pode ser proveniente da dieta, com o aumento da ingestão de peixes de água profunda (atum, sardinha, arenque, salmão) e sementes (chia e linhaça) ou advindo da suplementação.
A eficácia da vitamina D já está bem estabelecida nesta população. Sua ação está relacionada à inibição da proliferação dos queratinócitos e modulação da diferenciação epidérmica, além de impedir a produção de diversas citocinas inflamatórias, por isso é importante considerar a sua suplementação em pacientes que não fazem tratamento tópico com a vitamina D. Alguns estudos envolvendo psoríase e micronutrientes demonstraram que indivíduos portadores desta patologia, comumente apresentam deficiência de vitamina B12, ácido fólico, vitamina B6 e ferro, possivelmente como conseqüência de deficiências nutricionais e má absorção gerada por mecanismos autoimunes da própria doença e da presença de marcadores inflamatórios. Ainda há a possibilidade de estes indivíduos apresentarem deficiência de selênio, magnésio, potássio, betacaroteno e alfa-tocoferol. Por isso, vale a pena investir em alimentos fonte desses nutrientes e quando necessário suplementar.
Nutrientes com funções antioxidantes, como vitamina A, zinco, além dos compostos bioativos (licopeno, betacaroteno, resveratrol, curcumina, quercetina e polifenóis) devem ser considerados, uma vez que contribuem para a redução do estresse oxidativo e inflamação tecidual.
Referências bibliográficas
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Mais informações no link http://psoriasenutricaofuncional.blogspot.com.br/
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