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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dieta radical na visão da nutricionista

 


 

O Perigo das Dietas Radicais


 

Depois das festas de fim de ano, muita gente quer fechar a boca. Passar uma semana a abacaxi, suco, sopa ou ovo e presunto, de fato, emagrece. Mas como qualquer gordinho sabe muito bem, emagrecer não é o problema. Difícil, mesmo é manter o peso estável quando se volta a comer normalmente. E, já que ninguém vai passar o resto da vida se alimentando de abacaxi e suco, e sopa no almoço e no jantar, está formada a confusão. Pior: com as dietas radicais, inicia-se um ciclo vicioso do engorda-emagrece (efeito sanfona) que, segundo os especialistas, é pior do que os quilinhos a mais. Mais grave, as dietas radicais podem ser um gatilho para transtornos alimentares sérios, como a bulimia e a anorexia, doenças psiquiátricas que respectivamente atingem 1% e 4,5% da população mundial, em particular as mulheres jovens. Para não falar da fome oculta, deficiência grave de oligoelementos, sobretudo do complexo B e da vitamina C, que, a longo prazo, pode causar doenças degenerativas, como alteração do batimento cardíaco.


 
As dietas radicais possuem um adversário de peso: o próprio corpo. Apesar de usualmente comparado a uma máquina, a verdade é que o organismo humano é mais eficiente do que o melhor dos computadores. Uma vez que a pessoa reduz a ingestão de alimentos, o metabolismo imediatamente passa a poupar energia, abaixando o gasto energético para compensar o corte de fornecimento. Vamos supor que uma mulher consuma 1800 calorias por dia e, não satisfeita com seu peso, resolva começar uma daquelas dietas de SPA, com cerca de 800 calorias por dia. Ela talvez não saiba, mas seu organismo precisa de cerca de 1200 calorias para se manter vivo, o chamado metabolismo basal. Se a moça necessita de 1200 e ela está ingerindo 800, seu corpo vai buscar na reserva as 400 calorias que faltam. Essa compensação leva à cetose, processo que estimula a queima de calorias armazenadas na forma de gordura nas pessoas gordas. A moça que conseguiu emagrecer depois de sua dieta radical, retoma imediatamente seus hábitos alimentares normais. Lembre-se que o corpo dela tinha aprendido a se virar com 800 calorias diárias. O que acontece quando ele voltar a receber 1800 calorias? Engorda.


Para evitar esse iôiô maluco, deve-se fugir das dietas radicais a todo custo. A menos que haja indicação de um profissional idôneo, não se deve seguir programas com menos de 1200 a 2000 calorias diárias (variação média indicada, respectivamente para pessoas com poucas e com muitas atividades físicas).
Como a obesidade é uma tendência herdada, quem possui esse marcador genético precisa ter cuidado com o sobrepeso pelo resto da vida. Aliás, a partir dos 40 anos, o organismo deixa de gastar energia com uma série de atividades (como as reprodutivas) e a mesma quantidade de alimentos adequada para a juventude pode ser excessiva.
Dieta é para começar uma única vez e continuar por toda a vida. A verdadeira dieta não é aquela que deixa você passar fome, mas aquela que o alimenta equilibradamente, ou seja, você deve fazer uma reeducação alimentar. Para isso, procure um NUTRICIONISTA para traçar uma dieta personalizada para você.

 
 

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