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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Pirâmide Alimentar


Pirâmide alimentar adaptada à população brasileira
A pirâmide dos alimentos é atualmente a representação gráfica do guia alimentar utilizado que melhor cumpre este papel, considerado um instrumento de fácil utilização tanto para os profissionais de saúde, quanto para a população.
A pirâmide dos alimentos foi elaborada por Welsh et al., 1992 e foi adaptada à população brasileira em 1999 por Philippi et al. Esta adaptação levou em consideração os costumes alimentares dos brasileiros e se tornou o mais importante guia alimentar nacional.
Abaixo a pirâmide alimentar adaptada à população brasileira:


A pirâmide de alimentos divide os alimentos em andares, aonde cada andar é representado por alimentos de mesma função (Energéticos, reguladores, construtores e energéticos extras). Alguns andares são subdivididos em grupos de alimentos que, apesar de exercerem a mesma função, oferecem características nutricionais diferenciadas.

1° Andar – Energéticos
Grupo composto por Cereais e tubérculos.
Encontram-se na base, pois este grupo representa os alimentos de maior necessidade de consumo.
Este grupo é caracterizado pelo fornecimento de carboidratos (amido) e vitamina B1. A recomendação de consumo de alimentos deste grupo é de 5 – 9 porções por dia, sendo que cada porção possui 150 Calorias.
2° Andar – Reguladores
Grupo composto por frutas, verduras, legumes e hortaliças. Este andar é caracterizado pelo fornecimento de vitaminas, minerais e fibras. É subdivido em dois grupos: O grupo dos legumes e
verduras e o das frutas, que oferecem além de fibras, vitaminas e minerais, a frutose, uma importante
fonte de energia. A recomendação de consumo de alimentos deste grupo é de 4 – 5 porções por dia de
legumes e verduras, sendo que cada porção possui 15 Calorias e 2 – 4 porções por dia de frutas, com
70Kcal cada.
3° Andar – Construtores
Grupo composto por carnes, ovos, lácteos e leguminosas. Este andar é caracterizado pelo fornecimento de proteínas. É subdivido em três grupos: O grupo das carnes e ovos (fontes de ferro
e vitamina B12), o grupo dos lácteos (Fontes de cálcio e vitamina D) e o das leguminosas (fontes de
fibra e vitaminas do complexo B). A recomendação de consumo de alimentos é de 1 – 2 porções por dia de carnes e ovos, sendo que cada porção possui 190 Calorias; 3 porções de lácteos, com 120Kcal cada; e 1 – 2 porções por dia de leguminosas, com 55Kcal cada.
4° Andar – Energéticos extras
Grupo composto por açúcares, gorduras e doces, que possuem valor energético alto e não possuem nutrientes específicos associados. Este andar é caracterizado pelo fornecimento de energia. É subdivido em dois grupos: O grupo das gorduras e o grupo dos açúcares. A recomendação é de consumo esporádico destes alimentos pois uma porção de açúcar contém 110Kcal e uma porção de gordura contém 73Kcal. 

Nova pirâmide alimentar
Os guias alimentares são instrumentos que visam dar informação à população sobre alimentação, assim como estilos de vida saudáveis. O primeiro guia elaborado surgiu no início da década de 1990, a partir da publicação do guia alimentar americano. Este guia trouxe a divisão dos alimentos em grupos alimentares, o que permitiu uma melhor relação entre saúde e doença. Em 1992, a United States Department of Agriculture (USDA) adotou como ícone o formato de pirâmides.
A pirâmide dos alimentos atualmente é um instrumento de orientação nutricional utilizado por profissionais com o objetivo de promover mudanças de hábitos alimentares, visando a saúde global do indivíduo e a prevenção de doenças. A pirâmide dos alimentos foi considerada uma representação gráfica que facilitava a visualização dos alimentos, assim como a sua escolha nas refeições do dia a dia. Em 1999, foi publicada a adaptação brasileira da pirâmide por Philippi et al. Em 2001, Willet propôs um novo modelo de pirâmide alimentar, baseada não apenas nos grupos alimentares, mas na qualidade dos alimentos de cada grupo.


Poucas mudanças foram propostas da pirâmide original de Willet, conforme as descritas abaixo:
1° Andar: Na base da pirâmide preconiza-se medidas saudáveis de estilo de vida, como exercícios diários, controle de peso e alimentação saudável.
2° Andar: Neste andar temos 3 grupos: cereais integrais, óleos vegetais e frutas e hortaliças.
3° Andar: Este andar é dividido em 2 grupos: Grupo das proteínas de origem animal, como peixes e aves e grupo das proteínas de origem vegetal como leguminosas e oleaginosas.
4° Andar: Andar do grupo dos laticínios, ou ingestão de cálcio e vitamina D na ausência destes alimentos.
5° Andar: O topo da pirâmide é composto de alimentos como carne vermelha, gordura saturada, manteiga, doces, carboidratos refinados, sal, batatas, pães e macarrão, biscoitos, arroz branco.

Fonte: SILVA, S. M. C. S. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. São Paulo: Roca, 2011.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Guia Alimentar da População Brasileira

Guia Alimentar para a População Brasileira do Ministério da Saúde

Publicação é mais um instrumento para combater a obesidade e o avanço das doenças crônicas no Brasil. Mais da metade da população está acima do peso
A atualização da publicação relata quais cuidados e caminhos para alcançar uma alimentação saudável, saborosa e balanceada. A nova edição, ao invés de trabalhar com grupos alimentares e porções recomendadas, indica que a alimentação tenha como base alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de evitar os ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes). O lançamento ocorreu durante a reunião do Conselho Nacional de Saúde, em Brasília.

O novo guia também busca valorizar a culinária, e indica o planejamento das refeições e interação social, com o envolvimento de amigos e família na elaboração da comida.

A intenção do Guia Alimentar é promover a saúde e a boa alimentação, combatendo a desnutrição, em forte declínio em todo o país, e prevenindo enfermidades em ascensão, como a obesidade, o diabetes e outras doenças crônicas, como AVC, infarto e câncer. Além de orientar sobre qual tipo de alimento comer, a publicação traz informações de como comer e preparar a refeição, e sugestões para enfrentar os obstáculos do cotidiano para manter um padrão alimentar saudável, como falta de tempo e inabilidade culinária.
Redigido em linguagem acessível, o Guia Alimentar se dirige às famílias diretamente e, também, a profissionais de saúde, educadores, agentes comunitários e outros trabalhadores cujo ofício envolve a promoção da saúde da população. A versão impressa do documento, com 151 páginas ilustradas, será distribuída às unidades de saúde de todo o país, e a versão digital estará disponível no portal do Ministério da Saúde.
O Guia orienta as pessoas a optarem por refeições caseiras e evitarem a alimentação em redes de fast food eprodutos prontos que dispensam preparação culinária (‘sopas de pacote’, pratos congelados prontos para aquecer, molhos industrializados, misturas prontas para tortas). Outras recomendações são o uso moderado de óleos, gorduras, sal e açúcar ao temperar e cozinhar alimentos, e o consumo limitado de alimentos processados (queijos, embutidos, conservas), utilizando-os, preferencialmente, como ingredientes ou parte de refeições. Na hora da sobremesa, o ideal é preferir as caseiras, dispensando as industrializadas.
Destaque especial é dado também às circunstâncias que envolvem o ato de comer, aconselhando-se regularidade de horário, ambientes apropriados e, sempre que possível companhia. O ideal é desfrutar a alimentação, evitar a refeição assistindo à televisão, falar no celular, ficar em frente ao computador ou atividades profissionais.
PREPARAÇÃO DO ALIMENTO – O novo guia também busca valorizar a culinária, e indica o planejamento das refeições e interação social, com o envolvimento de amigos e família na elaboração da comida. “No Brasil e em muitos outros países, a transmissão de habilidades culinárias entre gerações vem perdendo força”, admite a coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde e responsável pela coordenação geral do projeto de elaboração do Guia Alimentar, Patrícia Jaime. “Por isso, o Guia Alimentar dedica uma parte importante de suas recomendações à valorização do ato de cozinhar, ao envolvimento de homens e mulheres, adultos e crianças nas atividades domésticas relacionadas ao preparo de refeições e à defesa das tradições culinárias como patrimônio cultural da sociedade”, enfatiza.
AMBIENTE SUSTENTÁVEL – O Guia Alimentar foi produzido em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo e com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde e substitui a versão anterior de 2006. O processo de elaboração envolveu profissionais de saúde, educadores e representantes de organizações da sociedade civil de todas as regiões do Brasil. A conclusão contou ainda com o resultado de uma consulta pública que envolveu 436 participantes e recebeu 3.125 comentários e sugestões.
O novo guia dá grande importância às formas pelas quais os alimentos são produzidos e distribuídos, privilegiando aqueles cuja produção e distribuição seja socialmente e ambientalmente sustentável como os alimentos orgânicos e de base agroecológica.
Conheça os dez passos para uma Alimentação Adequada e Saudável: 
  • Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação
  • Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
  • Limitar o consumo de alimentos processados
  • Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados
  • Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia
  • Fazer compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados
  • Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias
  • Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece
  • Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora
  • Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais
Saiba quais são os diferentes tipos de alimentos:
Alimentos in natura: essencialmente partes de plantas ou de animais. Ex: carnes, verduras, legumes e frutas.
Alimentos minimamente processados: quando submetidos a processos que não envolvam agregação de substâncias ao alimento original, como limpeza, moagem e pasteurização. Ex: arroz, feijão, lentilhas, cogumelos, frutas secas e sucos de frutas sem adição de açúcar ou outras substâncias; castanhas e nozes sem sal ou açúcar; farinhas de mandioca, de milho de tapioca ou de trigo e massas frescas.

Alimentos processados: são fabricados pela indústria com a adição de sal ou açúcar a alimentos para torná-los duráveis e mais palatáveis e atraentes. Ex: conservas em salmoura (cenoura, pepino, ervilhas, palmito); compotas de frutas; carnes salgadas e defumadas; sardinha e atum de latinha, queijos e pães.


Alimentos ultraprocessados: são formulações industriais, em geral, com pouco ou nenhum alimento inteiro. Contém aditivos. Ex: salsichas, biscoitos, geleias, sorvetes, chocolates, molhos, misturas para bolo, “barras energéticas”, sopas, macarrão e temperos “instantâneos”, “chips”, refrigerantes, produtos congelados e prontos para aquecimento como massas, pizzas, hambúrgueres e nuggets.


Fonte: menulivre

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Sibutramina

Com a proibição de três medicamentos – anfepramona, femproporex e mazindol – pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a sibutramina é hoje a única droga usada para emagrecer que atua sobre o sistema nervoso. Além dela, só há mais um remédio disponível para esse fim, o orlistate – cujo nome de mercado é Xenical – que age sobre a absorção de gordura no intestino.
O farmacêutico Ivan da Gama Teixeira, diretor técnico e vice-presidente da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), contou que a substância surgiu como um antidepressivo. “Viram que a diminuição do apetite era um efeito colateral e o remédio passou a ser usado como emagrecedor”, explicou.
Contudo, o que a sibutramina faz no cérebro não é exatamente inibir o apetite, como é o caso dos remédios que foram proibidos. Na verdade, ela estimula a saciedade. “Na prática, o paciente fica satisfeito com menos comida, resumiu o endocrinologista Walmir Coutinho, pesquisador que participou da pesquisa “Scout”, a maior já feita sobre o remédio, que acompanhou pouco menos de 10 mil pacientes durante um período médio de 3 anos e 5 meses.
Os especialistas consultados pelo G1 explicaram que a sibutramina age sobre dois neuro transmissores: a serotonina e a noradrenalina. Esses neurotransmissores funcionam entre os neurônios, levando informações de um para o outro. Nesse processo, geram a sensação de saciedade.
Normalmente, isso ocorre num curto período de tempo, e eles retornam para dentro das células – o que é chamado de recaptação. O que a sibutramina faz é retardar essa recaptação, ou seja, a serotonina e a noradrenalina ficam por mais tempo fazendo a ligação entre os neurônios e deixam o indivíduo saciado.

Efeitos colaterais
Coutinho afirmou que os cientistas ainda estão tentando entender mais detalhes sobre o funcionamento da substância. Por isso, ainda não se sabe explicar por que ocorrem os efeitos colaterais, que, segundo ele, podem ser boca seca, taquicardia e insônia.
A pesquisa “Scout” registrou ainda que, entre pessoas que já têm alto risco de doenças cardiovasculares – como enfarte e derrame –, esse risco aumenta. No entanto, ainda não há explicação de como isso acontece no corpo humano.
FONTE: Portal G1